quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Câncer de mama em homens

 O câncer de mama em homens é raro, representando cerca de 1% de todos os casos, mas é uma doença grave que pode ser curável quando detectada precocementeOs principais sintomas incluem a presença de um nódulo ou caroço na mama, alterações na pele (como rugosidade ou descamação), retração do mamilo, dor e aumento dos linfonodos nas axilas. O diagnóstico é feito através de exames como mamografia, ultrassom e biópsia, e o tratamento é semelhante ao das mulheres, podendo envolver cirurgia (geralmente mastectomia), quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal. 

Sintomas
  • Nódulo ou caroço na mama
  • Alterações na pele da mama (avermelhamento, rugosidade, descamação)
  • Retração do mamilo ou secreção vinda dele
  • Dor na mama ou no mamilo
  • Aumento dos linfonodos (ínguas) na axila 
Fatores de risco
  • Histórico familiar de câncer de mama
  • Síndrome de Klinefelter (condição genética rara em que homens nascem com um cromossomo sexual a mais, XXY)
  • Exposição à radioterapia na região do tórax
  • Envelhecimento
  • Insuficiência hepática ou alcoolismo
  • Exposição prolongada a tratamentos hormonais 
Diagnóstico
  • Exame físico: avaliação das características da lesão pelo médico 
  • Mamografia e ultrassom mamário: exames de imagem para identificar e caracterizar o nódulo 
  • Biópsia: retirada de uma pequena amostra do tecido para análise laboratorial (diagnóstico) 
  • Ressonância magnética: utilizada em casos específicos para avaliar a extensão da doença 
Tratamento
O tratamento depende do estágio e das características do tumor, mas geralmente envolve: 
  • Cirurgia: 
    a remoção completa da glândula mamária (mastectomia) é a abordagem mais comum em homens. 
  • Quimioterapia: 
    pode ser indicada antes ou depois da cirurgia, dependendo do caso. 
  • Radioterapia: 
    pode ser necessária após a cirurgia, embora a necessidade seja menor do que em mulheres que passam por cirurgias parciais. 
  • Terapia hormonal: 
    o tamoxifeno é a principal opção para homens com câncer de mama hormônio-sensível. 
O que fazer
  • Procure um médico: 
    Se você notar qualquer um dos sintomas, procure um profissional de saúde para uma avaliação adequada. 
  • Não confunda com ginecomastia: 
    O aumento da mama masculina (ginecomastia) pode ser um sinal benigno de desequilíbrio hormonal, mas é fundamental um diagnóstico médico para diferenciar do câncer. 
  • Busque informações: 
    Manter-se informado sobre a doença é importante para desmistificar tabus e encorajar a busca por ajuda médica quando necessário. 

domingo, 5 de outubro de 2025

Câncer e exercicios

 Fazer exercícios físicos regularmente tem benefícios para além do corpo em forma e pode ser aliado na prevenção de doenças graves, como o câncer. Isso porque atividades físicas possuem o poder de reduzir o risco de vários tipos de câncer. Essa diminuição ocorre porque o exercício físico ajuda a controlar o peso, melhora a imunidade, colabora para o adequado funcionamento do organismo e combate a inflamação no corpo, o que contribui para a prevenção de câncer.

Exercício físico é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento de câncer — Foto: iStock

Exercício físico é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento de câncer — Foto: iStock

Como o exercício físico atua para reduzir o risco de câncer

O exercício físico é amplamente reconhecido pelos efeitos benéficos na redução do risco de câncer, e vários mecanismos biológicos estão envolvidos nesse processo.

— Um dos principais mecanismos biológicos que explicam essa associação é a redução da inflamação sistêmica. Estudos indicam que a atividade física está associada a níveis mais baixos de biomarcadores inflamatórios, e a redução desses marcadores inflamatórios pode diminuir o ambiente pró-inflamatório que favorece o desenvolvimento e a progressão do câncer — explica a médica fisiatra Regina Formaria Chueri, responsável técnica pelo Centro de Reabilitação Lucy Montoro (Centro Infantil Boldrini), em Campinas (SP).

Esses marcadores inflamatórios são a proteína C-reativa, o fator de necrose tumoral alfa e a interleucina-6, que estão ligados ao desenvolvimento e à progressão do câncer.

Outro mecanismo importante é a melhora na sensibilidade à insulina. O exercício físico regular pode reduzir os níveis de insulina, que é capaz de propiciar o crescimento de tumores. Isso é particularmente relevante para o câncer de cólon, em que a resistência à insulina é fator de risco conhecido.

O exercício ainda pode influenciar positivamente em outros fatores, como a modulação de hormônios sexuais, como estrogênios, que estão associados ao risco de câncer de mama. E também é relevante para melhorar a imunidade e resultar na perda de peso e na manutenção do peso perdido.

Um estudo recente, produzido por pesquisadores italianos e publicado em janeiro de 2025 no European Journal of Cancer Prevention, compilou dados de diversas pesquisas sobre o impacto do exercício físico na prevenção e no tratamento do câncer.