sexta-feira, 8 de outubro de 2021

 

Sabemos que não há cura para doenças sem pesquisa científica.


A pandemia causada pelo COVID-19 evidenciou a importância da ciência no combate a doenças. É a pesquisa científica que está por trás de cada história de sucesso que nos inspira na busca da cura do câncer.

 

"O câncer é uma doença que mata tanto quanto uma pandemia. Segundo dados de 2019, o câncer matou mais de 230 mil pessoas no Brasil*: uma média de 630 pessoas por dia. Existem hoje mais de 600 mil casos novos diagnosticados por ano no país, debilitando pacientes, causando sofrimento e destruindo famílias. 

 

*Fonte: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer"

 

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O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. 

 

Alguns tipos de câncer de mama têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.

 

O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

 

*Fonte: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama"


Todos os anos, mais de 60 mil mulheres brasileiras são diagnosticadas com câncer de mama

 

Sabemos que no Brasil (assim como em outros países em desenvolvimento) existe uma maior proporção de pacientes com tumores localmente avançados.
 

Em países desenvolvidos, a maioria dos tumores são diagnosticados em estágios iniciais. Enquanto em países como o nosso, cerca de 30 a 40% das pacientes têm tumores volumosos nas mamas ou que atingem os linfonodos axilares.

 

Cerca de 10 a15 mil mulheres brasileiras por ano são diagnosticadas com tumores localmente avançados. Esta condição é muito mais comum em pacientes que dependem do SUS em relação a pacientes com acesso a planos de saúde.

 

O tratamento com quimioterapia neoadjuvante (pré-operatória) é o tratamento padrão para este cenário e permite aumento da chance de cura, além de, muitas vezes, permitir cirurgias menos extensas e por consequência menores sequelas de limitação funcional de membros superiores e também aumento da qualidade de vida a curto e longo prazo.

 

Também sabemos que esta condição e este contexto atingem mais frequentemente mulheres mais jovens em relação aos dados epidemiológicos de países desenvolvidos.

 

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O estudo NeoSamba é um ensaio clínico randomizado, que está na fase 3, que estuda uma nova sequência de tratamento com quimioterapia neoadjuvante (antes da cirurgia da mama) e contemplará o tratamento de quase 500 mulheres em três anos.

 

Durante a edição de 2018 da ASCO, congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, o médico Dr José Bines, investigador principal do estudo, esteve presente para falar sobre a conclusão da fase II do NeoSamba. Conduzido pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), a pesquisa investigou 118 pacientes com a proposta de avaliar se a mudança na ordem dos medicamentos da classe das antraciclinas e taxano (alguns dos medicamentos mais comuns utilizados para a quimioterapia) faria diferença na sobrevida das mulheres. Ficou sugerido que tratá-las primeiro com taxano e depois com antraciclinas, e não o contrário, como era o padrão anterior, poderia trazer mais ganhos significativos de sobrevida livre de recidiva e, principalmente, de sobrevida global. Os resultados do estudo foram publicados em 2020 na revista médica The Oncologist.

 

O estudo caminha para a fase 3, quando se amplia o número de pessoas investigadas por um período maior de tempo. Entretanto, faltam recursos para o início desse processo, que o oncologista Dr. José Bines define como “estudo científico confirmatório”. A aposta de especialistas da área está na pesquisa clínica, devido a possível ampliação do acesso a novas terapias, melhora na qualidade de vida e no aumento na chance de cura das pacientes. 

 

Um extraordinário benefício, se os resultados forem comprovados na fase 3, será sua aplicação imediata, pois as medicações já estão disponíveis na rede pública brasileira, sem qualquer aumento de custo adicional. O resultado esperado também terá impacto global imediato, especificamente significativo para mulheres jovens e mulheres diagnosticadas com câncer de mama em países em desenvolvimento. Isso significa que potencialmente mais mulheres podem ser curadas do câncer de mama com este avanço.

 

“Trata-se de uma pesquisa 100% brasileira e 100% realizada em instituições de referência que atendem pacientes do SUS. Não há nenhuma relação com a indústria farmacêutica. Todas as etapas de desenho e condução do estudo são realizadas pelos próprios investigadores, e agora com o Instituto Projeto Cura, que tem nos ajudado a angariar fundos para a finalização da fase III”, esclarece o Dr José Bines. 

 

A fase 3 da pesquisa NeoSamba acontece em 6 estados Brasileiros e em 9 Centros de Pesquisas, sendo que em cada centro há uma estrutura multiprofissional coordenada pelo investigador principal, que é a pessoa responsável pelo seu estudo.

 

• INCA - Rio de Janeiro/RJ; 

• Hospital do Amor - Barretos/SP;

• CAISM/UNICAMP – Campinas /SP

• HINJA - Volta Redonda/RJ;

• Hospital de Clínicas - Porto Alegre/RS;

• CEPON - Florianópolis/SC;

• Núcleo de Pesquisa São Camilo - São Paulo/SP;

• Hospital Araújo Jorge - Goiânia/GO;

• ICTE - Curitiba/PR.

 

A campanha de financiamento coletivo NeoSamba Fase 3 é uma iniciativa do Instituto Projeto Cura, em parceria com o LACOG (Latin American Cooperative Oncology Group), GBECAM (Grupo Brasileiro Estudos Câncer Mama) e contará com médicos da área de oncologia e mastologia como madrinhas e padrinhos, com a nobre missão de divulgar e prospectar doadores.

 

A atriz Patricia Pillar junta-se ao time como embaixadora da campanha, atuando de forma voluntária como porta-voz da causa nos materiais de divulgação.

 

O Instituto Projeto Cura é uma instituição sem fins lucrativos, com sede no Brasil e única na América Latina, que tem como um dos objetivos financiar pesquisas que combatem o câncer.

 

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