domingo, 18 de julho de 2021

 significa uma queda na produção de alguns elementos sanguíneos, como os glóbulos brancos, essenciais para o funcionamento do sistema imunológico. Durante a quimioterapia, é muito comum que haja neutropenia, e existem alimentos que podem neutralizar ou até evitar que isso aconteça.

Alimentos para aumentar a imunidade

Para ajudar o seu corpo, existem diversos alimentos que fortalecem o sistema imunológico durante o tratamento de câncer. Conheça alguns!

1 – Alho

O alho é um ingrediente utilizado como tempero, que é muito versátil. Ele é rico em antioxidantes, além de vitaminas A e C. Além de auxiliar a prevenir e tratar infecções, o alho pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico. Para melhorar a biodisponibilidade do ingrediente em nosso organismo, deixe o alho descansar por 15 minutos depois de descascado antes de utilizá-lo nas preparações.

2 – Gengibre

Possui vitaminas B6 e C, além de ter ação bactericida. Pode ajudar na redução de inflamações e dores, no paciente realizando quimioterapia pode ajudar a controlar as náuseas decorrentes do tratamento. O gengibre pode ser combinado com hortelã em sucos, chás ou em forma de sorvete, para potencializar o efeito contra as náuseas.

3 – Pimenta

As pimentas são fonte de betacaroteno, substância que se transforma no organismo em vitamina A, sendo potente para proteger contra infecções.

4 – Alimentos orgânicos

Os alimentos orgânicos não possuem agrotóxicos, que podem ajudar no tratamento do câncer e prevenir tumores. Alguns estudos mostram que substâncias encontradas nos agrotóxicos podem promover alguns tipos de câncer. A recomendação de ingerir alimentos orgânicos não é somente no tratamento do câncer, e sim tornar um hábito para a vida.

5 – Brócolis/Couve/Espinafre

Os vegetais de coloração verde escuro possuem ácido fólico, além de vitaminas A, B6 e B12, ajudando o organismo na resistência às infecções. O ácido fólico é essencial na formação de glóbulos brancos. O espinafre, em especial, também conta com vitamina E que, além de ajudar no fortalecimento do sistema imunológico, pode prevenir que o tumor aumente de tamanho.

6 – Graviola

A graviola é uma fruta rica em vitaminas do completo B e C, importante para fortalecer o sistema imunológico, além dos sistemas digestivo e nervoso. A fruta também tem o potencial de deixar o corpo com mais energia, disposto. A ciência vem divulgando sobre o poder da graviola na cura do câncer. Porém, seu consumo deve ser moderado para evitar excesso, já que pode ser tóxico.

7 – Gorduras boas

Os alimentos que contém as “gorduras boas” podem contribuir protegendo o sistema cardiovascular, sistema que pode ser muito afetado pelo tratamento da quimioterapia, além de ajudar no funcionamento do cérebro.

As gorduras boas são as provenientes de azeites, além de abacates e oleaginosas como a castanha. A castanha é rica em selênio, esse mineral melhora o sistema imunológico do paciente, além de auxiliar no processo de cicatrização.

O consumo de até 2 castanhas por dia pode ajudar a melhorar a imunidade. Estudos indicam que o consumo regular das oleaginosas conseguem diminuir em 57% o risco do câncer de reto e cólon ser fatal.

8 – Peixes

Os peixes podem ser um ótimo aliado no tratamento contra o câncer, por causa do ômega 3 e dos ácidos graxos. Existem espécies que contém uma quantidade maior dessa substância, que pode reduzir o colesterol, melhorando a produção de células saudáveis, podendo evitar o surgimento de alguns tipos de câncer, principalmente o de mama. Os peixes que mais contém ômega 3 são as espécies de águas profundas, como o salmão, atum, sardinha e truta.

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9 – Frutas Cítricas

As frutas cítricas como o limão, laranja e melancia são ricas em vitamina C, melhoram os efeitos da vitamina E no organismo, além de ter ação antioxidante. Podem ajudar no combate contra infecções respiratórias e doenças como gripe.

A melancia, além de ser hidratante e refrescante, possui uma substância antioxidante muito potente chamada glutationa, uma forte aliada no fortalecimento do sistema imunológico. A substância pode ajudar a combater várias infecções, e é encontrada na parte vermelha da melancia, próximo à casca.

10 – Fibras

As fibras são encontradas em diversos alimentos e podem ajudar a regular o funcionamento do sistema digestivo, prevenindo enjoos e diarreias que podem surgir com a quimioterapia. Frutas como a maçã, banana e pera são ricas em fibras.

Então, que tal incluir esses alimentos que contribuem com a saúde do seu corpo e são excelentes para fortalecer o sistema imunológico durante o tratamento de câncer? Só não deixe de seguir as recomendações do seu médico sobre a dieta correta.

Quanto tempo depois que termina a quimioterapia pode pintar o cabelo?
É recomendado utilizar a tintura de cabelo apenas após três meses do final do tratamento, pois ela é composta por produtos químicos. Eles podem causar feridas no couro cabeludo sensível, além de enfraquecer a estrutura dos fios novos.
Use esmaltes hipoalergênicos
Diversas marcas famosas já oferecem uma diversificada paleta de cores de esmaltes hipoalergênicos. Este é mais um cuidado recomendado na hora de fazer as unhas durante a quimioterapia
Pode pintar o cabelo durante a radioterapia?

Posso pintar os cabelos durante o tratamento? Se o cabelo não caiu ou já cresceu após ter caído, não há problema em pintá-lo. Recomenda-se, porém, usar tinturas sem amônia 

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Autor(a):

Dr. Gilberto Amorim

Dr. Gilberto Amorim

Médico oncologista, Coordenador do Grupo de Oncologia Mamária da Oncologia D´Or, Ex-Chefe da Oncologia Clínica do HCIII INCA, Editor do Manual de Condutas de Câncer de Mama da SBOC e titular da American Society of Clinical Oncology (ASCO), Conselheiro científico da Fundação Laço Rosa.

Data do Post
15/01/2020
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Produtos químicos para cabelo podem aumentar o risco de câncer de mama?

Um estudo feito com 46 mil mulheres e publicado no mês de dezembro, nos Estados Unidos, apontou uma relação entre o uso de química para pintar ou alisar o cabelo com o câncer de mama.

Isso acontece porque, muitos produtos capilares contêm compostos desreguladores e agentes cancerígenos potencialmente relevantes. Os produtos usados ​​predominantemente por mulheres negras podem conter mais compostos hormonalmente ativos, como também explica a dermatologista titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Adriana Gutstein.

“Há algum tempo os dermatologistas já estão atentos aos riscos de substâncias presentes (em porcentagens não recomendáveis) nas tinturas de cabelos, como a parafenilenodiamina (ppd). Estas substâncias químicas e outras utilizadas em alisamentos capilares permanentes ou semi permanentes, contém desreguladores hormonais e substâncias carcinógenas que podem estar relacionadas ao câncer de mama. Estudos mais recentes vêm reforçando a preocupação com esse risco, que vem sendo descrito como mais alto em mulheres negras,provavelmente porque neste caso, os produtos para alisamento capilar  podem conter produtos químicos de maior poder carcinogênico, como o formaldeído“, explica a médica.

Câncer de mama e as tinturas

O estudo publicado no último dia 3 de dezembro no International Journal of Cancer, chamado de “Sister Study” envolveu 46 mil mulheres americanas entre 35-74 anos, sem diagnóstico pessoal de câncer de mama, mas com história familiar (no caso uma irmã), examinou a associação entre tinturas e alisadores e o risco de câncer de mama, conforme a raça.

Questionários sobre o uso de produtos de cabelo nos 12 meses anteriores a inclusão no estudo foram aplicados e após oito anos de acompanhamento médio, 2.794 casos de câncer de mama foram diagnosticados. Cerca de 55% das mulheres relataram o uso de tintura permanente e o risco de câncer de mama. Nestas mulheres, foi 45% maior entre mulheres negras (HR = 1.45, 95% CI: 1.10–1.90), e 7% maior para as brancas (HR = 1.07, 95% CI: 0.99–1.16; p = 0.04).

Entre todas as participantes, o uso de alisadores aumentou o risco em 18% (HR = 1.18, 95% CI 0.99–1.41); sendo ainda maior (30%) para as usuárias frequentes (p= 0.02), aquelas que usam a cada 5-8 semanas.

O estudo conseguiu inclusive demonstrar que a aplicação de tintura não-profissional e de alisadores “caseiros” aumentou o risco em 28% (HR = 1.28, 95% CI 1.05–1.56) and e 27% respectivamente (HR = 1.27, 95% CI 0.99–1.62).

Esses riscos foram particularmente maiores para usuárias negras de qualquer alisador e tintura permanente. Os resultados sugerem que estes produtos químicos para cabelo podem ter um papel na carcinogênese mamária, afirmam os pesquisadores.

Particularmente, os resultados não chegam a surpreender, já que temos essa preocupação há tempos.

Para a dermatologista, “devemos ter cuidado em generalizar estas conclusões pelo impacto na saúde pública, pois nem sempre temos informações sobre a relação do risco de câncer de mama com a frequência do uso das tintas e ou alisamentos.”. Ela recomenda que as adolescentes que estão começando a usar rotineiramente estes produtos mencionados desde cedo tenham cautela e evitem produtos de alisamento permanente e/ou que contenham formaldeído. “Para mulheres adultas, a combinação do uso de tinturas com o alisamento é o pior cenário e deve ser evitado. Procure no rótulo da tinta as que não possuem ppd, até que mais estudos sejam feitos para que haja segurança no uso destes produtos”, conclui.

Conclusões

Até que mais estudos sejam realizados, recomendaria cautela no uso muito contínuo e frequente de tinturas permanentes e de alisadores de cabelo, em especial para as mulheres com história familiar de câncer de mama, mas é importante ressaltar que estudos epidemiológicos algumas vezes são complicados de interpretar e nem sempre é possível avaliar com precisão todas as variáveis que podem influenciar no risco.

Além disso, um aumento no risco relativo de 45% pode ser alto, mas individualmente pode representar pouco, i.e. se uma pessoa tem 2% de risco ele aumentaria para 2,9% já para uma paciente com 20% de risco relativo ele aumentaria para 29%.

Texto em parceria com a Dra. Adriana Gutstein.Fonte: https://pebmed.com.br/produtos-quimicos-para-cabelo-podem-aumentar-o-risco-de-cancer-de-mama/

Tratamento de câncer de mama e tintas para o cabelo.

Laço Rosa
FUNDACAOLACOROSA.COM
Laço Rosa
Médico oncologista, Coordenador do Grupo de Oncologia Mamária da Oncologia D´Or, Ex-Chefe da Oncologia Clínica do HCIII INCA, Editor do Manual de Condutas de Câncer de Mama da SBOC e titular da American Society of Clinical Oncology (ASCO), Conselheiro científico da Fundação Laço Rosa.