segunda-feira, 19 de julho de 2021

 

Qual é a importância da Fisioterapia Oncológica?

Fisioterapia Oncológica é uma especialidade destinada a reparar danos, melhorar a mobilidade, reduzir a dor e a rigidez e ampliar a qualidade de vida de pacientes que tenham vencido o câncer ou estejam em tratamento.

Embora muita gente não associe a Fisioterapia às áreas focadas no tratamento do câncer, ela é incluída no time de profissionais que atuam junto ao paciente. Portanto, é um fator importante na recuperação do câncer, pois atua para fortalecer e curar o corpo.

Muitas pessoas com câncer experimentam dificuldades físicas, como problemas de força, resistência, flexibilidade, equilíbrio e coordenação. Por esse motivo, o fisioterapeuta vai adotar uma série de técnicas e cuidados especiais para cada caso, como no pós-operatório, durante ou pós-tratamento de radioterapia e quimioterapia, em períodos de internação ou, ainda, após a alta médica.

Com isso, a Fisioterapia Oncológica procura minimizar efeitos colaterais de curto e longo prazo e prevenir uma variedade de condições de saúde e distúrbios do movimento decorrentes do câncer. Além disso, o fisioterapeuta oncológico também tem um papel educacional ao promover comportamentos saudáveis no paciente, como atividade física e controle de peso.

Principais objetivos da Fisioterapia Oncológica

O fisioterapeuta oncológico trabalha com quatro grandes objetivos. São eles:

  • prevenção: tratamentos para evitar sequelas incapacitantes no paciente antes do menor sinal;
  • restauração física: devolver o maior retorno motor possível a pacientes que tenham adquirido alguma limitação;
  • de apoio: oferecer suporte para que o paciente tenha o maior nível de independência possível, no caso de alguma incapacidade progressiva ou por doenças residuais;
  • cuidados paliativos: garantir o conforto de qualidade de vida em pacientes terminais de câncer.

Veja algumas questões nas quais a Fisioterapia Oncológica pode ajudar:

  • dor;
  • rigidez nas articulações;
  • fadiga;
  • falta de ar;
  • função muscular do assoalho pélvico;
  • função sexual;
  • incontinência;
  • linfedema (inchaço nos braços e pernas por obstrução do sistema linfático);
  • prevenção de quedas;
  • recuperação da força;
  • recuperação do equilíbrio.

O que faz um profissional da Fisioterapia Oncológica?

Como você viu, os fisioterapeutas oncologistas têm um conjunto de habilidades e conhecimentos necessários para ajudar pacientes com os efeitos físicos ou colaterais do tratamento do câncer, ao longo dos diversos estágios da doença.

O tratamento fisioterápico pode começar desde o diagnóstico, passando por quimioterapia e radioterapia, término do tratamento, sobrevida e fim da vida. Na prática, alguns dos principais procedimentos e técnicas adotados são:

  • drenagem linfática para prevenção de edemas;
  • exercícios físicos e alongamentos para recuperação da mobilidade e força muscular;
  • eletroterapia para alívio da dor;
  • terapia manual para mobilizar articulações, diminuição de dor, manipulação de tecidos moles;
  • exercícios respiratórios para expansão da caixa torácica, higiene do pulmão e alongamento da musculatura envolvida na respiração;
  • técnicas para analgesia (diminuição da dor resultante do tratamento do câncer).

Também é muito comum haver uma forte ênfase a uma abordagem de equipe, incluindo encaminhamento dentro do departamento de Fisioterapia para tratamentos complementares, como:

  • acupuntura;
  • ioga;
  • pilates clínico;
  • terapia de linfedema;
  • treinamento de força e condicionamento.

Você sabia que todo fisioterapeuta conta com um material básico de trabalho? Veja alguns dos itens que compõem o kit de Fisioterapia básico!

Onde atuar como fisioterapeuta oncológico?

O fisioterapeuta oncológico é muito encontrado nas áreas clínica e hospitalar. Se for em organizações privadas, ele pode ser um profissional selecionado por meio de entrevistas e testes. Já no setor público, precisa prestar um concurso de Fisioterapia. Veja alguns lugares onde ele pode trabalhar:

  • hospitais;
  • casas de saúde;
  • clínicas de reabilitação fisioterápica;
  • home care (como profissional contratado de plano de saúde ou clínica, bem como sendo profissional autônomo).

Quer saber mais sobre as áreas profissionais envolvidas no tratamento de câncer? Então, confira aqui qual a relação entre Enfermagem e Oncologia!

Qual é a média salarial em Fisioterapia Oncológica?

O salário médio de um profissional de fisioterapia é de R$ 3.144*. Esse valor varia conforme o cargo, entidade para a qual trabalha e função. Essas informações ajudam que o teto supere os R$9 mil.

 Como age o citrato de tamoxifeno?

Em pacientes com câncer de mama, o Citrato de Tamoxifeno age primariamente como um antiestrogênico, em nível tumoral, prevenindo a ligação do estrógeno ao seu receptor.

O que o tamoxifeno pode causar?

Os efeitos colaterais mais frequentes desses medicamentos são os sintomas da menopausa, que incluem ondas de calor e sudorese noturna. O tamoxifeno também pode provocar secura vaginal e secreção vaginal. As mulheres na pré-menopausa que tomam tamoxifeno podem sofrer alterações menstruais.

Porque tomar tamoxifeno por 10 anos?

Uso de tamoxifeno por 10 anos reduz risco de morte por câncer de mama. O uso do medicamento tamoxifeno por 10 anos em vez de cinco anos reduz pela metade o risco de morte em mulheres com o tipo mais comum de câncer de mama, de acordo com pesquisadores da University of Birmingham, no Reino Unido

Porque o tamoxifeno engorda?

tamoxifeno não engorda a paciente diretamente. Na verdade, este anti-hormônio leva a mulher a um estado menopausal. Com isso, o ganho de peso acaba sendo facilitado por este quadro.

Quem toma tamoxifeno pode tomar chá de hibisco?

Pode sim. Não há nenhum estudo ou publicação que mostre interação medicamentosa com o tamoxifeno.

 

“Julho Amarelo”: Mês de luta contra as hepatites virais


A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.

– Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.

– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado.  A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.

– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.

Formas de contágio:

As hepatites virais podem ser transmitidas pelo contágio fecal-oral, especialmente em locais com condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos; pela relação sexual desprotegida; pelo contato com sangue contaminado, através do compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfuro-cortantes; da mãe para o filho durante a gravidez (transmissão vertical), e por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados.

O contágio via transfusão de sangue já foi muito comum no passado, mas, atualmente é considerado raro, tendo em vista o maior controle e a melhoria das tecnologias de triagem de doadores, além da utilização de sistemas de controle de qualidade mais eficientes.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para todos os tipos de hepatite, independentemente do grau de lesão do fígado.

A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.

Prevenção da hepatite A:

– a vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de prevenção;
– lavar as mãos com frequência, especialmente após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos;
– utilizar água tratada, clorada ou fervida, para lavar os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
– cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
– lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
– usar instalações sanitárias;
– no caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
– não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
– evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
– usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal, antes e após as relações sexuais.

Prevenção da hepatite B:

a vacina é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura; usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.  A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.

Prevenção da hepatite C:

Não existe vacina contra a hepatite C. Para evitar a infecção é importante:

não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente, etc); usar preservativo nas relações sexuais; não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas; toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames para detectar as hepatites B e C, HIV e sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.

Prevenção da hepatite D:

A hepatite D ocorre em pacientes infectados com o tipo B, portanto, a vacina contra a hepatite B, protege contra o tipo D, também.

Prevenção da hepatite E:

A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de saneamento básico e de higiene, tais como as medidas para prevenir a hepatite do tipo A.

Fontes:

Agência de Vigilância Sanitária da Paraíba

Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis

Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos

 Qual o tipo de quimioterapia que cair o cabelo?

Se o produto é mais agressivo e agride o folículo capilar, pode ter queda. Neste caso, as madeixas podem cair em diferentes graus, de apenas alguns fios para perda de todos os cabelos. De acordo com Ferrari, medicamentos como doxorrubicina e epirrubicina são os principais causadores da queda dos fios.

  Julho Amarelo é voltado para a conscientização das hepatites virais. Esse conjunto de doenças ataca principalmente o fígado e pode provocar consequências graves, como cirrose, câncer e morte.