sábado, 20 de agosto de 2022

Câncer do Útero

 


  • O útero possui vários tipos de tumores, sendo os tumores benignos os mais comuns, popularmente conhecidos como miomas. Quando falamos sobre câncer, a sua forma mais comum é o câncer do colo de útero, seguido pelo câncer de endométrio, que é a camada de revestimento interna do útero. Como o perfil de pacientes e seus tratamento são diferentes, vamos falar desses assuntos de forma separada.
  • Os miomas estão comumente presentes em mulheres na faixa etária de 30 a 40 anos, com alguns fatores de risco como primeira menstruação precoce, obesidade e nunca ter gestado.
  • O sintoma mais comum é o sangramento menstrual muito intenso, com cólicas menstruais, sensação de peso na pelve e dor nas relações sexuais. Dificuldade para engravidar ou até mesmo infertilidade são sinais de alerta para investigação de miomas.
  • Podem ser diagnosticados por exames mais simples, como a ultrassonografia transvaginal, ou exames mais completos, como a ressonância nuclear magnética. A localização do mioma é fundamental para planejamento de uma cirurgia.
  • O tratamento deve ser individualizado com o perfil e objetivo de cada paciente. Naquelas que já possuem filhos e não desejam mais engravidar, a histerectomia (retirada do útero) é a melhor opção. Já nas pacientes que querem engravidar, pode ser realizado tratamento medicamentoso ou a retirada cirúrgica dos miomas.
  • O câncer do colo de útero está relacionado a infecção pelo vírus HPV, uma infecção assintomática muito comum na população brasileira e que se resolve espontaneamente em 90% das mulheres no período de 1 a 2 anos. Se essa infecção persistir, podem surgir alterações pré-cancerígenas no colo uterino, identificadas pelo exame preventivo (Papanicolau).
  • Como a infecção pelo HPV é fundamental para surgir o câncer de colo uterino, então aquelas pessoas cuja vida sexual tenha iniciado de forma precoce e múltiplos parceiros ao longo da vida são descritos na literatura como fatores de risco. O tabagismo
    também contribui para o aumento do risco.
  • Inicialmente o câncer de colo de útero se apresenta sem sintomas, com anos de evolução. Inicialmente surgem lesões pré-malignas que, se não identificadas no exame preventivo, podem evoluir para lesões malignas. Em casos mais avançados podem
    surgir sintomas como sangramento vaginal, dor abdominal, secreção vaginal anormal e queixas urinárias.
  • O tratamento do câncer de colo de útero vai variar com o estágio da doença. Se forem identificadas lesões pré-malignas, o tratamento pode ser realizado retirada somente uma parte do colo de útero. Já se a lesão for em um estágio mais avançado, pode variar desde cirurgia, com retirada de todo o útero, até tratamento exclusivo com quimioterapia e radioterapia.
  • O útero possui várias camadas, sendo o endométrio a sua camada de revestimento interno. É ele que se prepara para receber o óvulo da mulher em toda sua ovulação e, quando não ocorre a fecundação desse óvulo, o endométrio se descama, gerando o
    sangramento da menstruação.
  • O câncer de endométrio tem sua incidência aumentada em mulheres após a menopausa, com fatores de risco associados: obesidade, diabetes, período fértil prolongado (primeira menstruação precoce e/ou menopausa tardia) e reposição hormonal.
  • O sangramento vaginal é o sintoma mais comum, seja na mulher que ainda menstrue e tenha um fluxo alterado ou na mulher pós-menopausa que retorna a ter sangramentos. Para diagnóstico pode-se realizar a ultrassonografia transvaginal ou a ressonância nuclear magnética. A histeroscopia é um exame que facilita o diagnóstico, realizando biópsia.
  • O tratamento em sua maioria é cirúrgico, sendo a cirurgia laparoscópica a melhor opção, visando a melhor recuperação pós operatória. Em casos selecionados há necessidade de complementação do tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia, se for um caso de câncer.
    Você apresenta sangramento fora do período de menstruação ou após ter entrado na menopausa? Me mande uma mensagem que irei te ajudar.