terça-feira, 28 de março de 2023

Meninas livres do Gene-cancer de mama hereditário.

 https://melhorcomsaude.com.br/espanha-meninas-livres-gene-cancer-de-mama-hereditario/


Nascem na Espanha as primeiras meninas livres do gene do câncer de mama hereditário

Uma parte dos casos de câncer de mama tem raiz genética. A seleção de embriões tornou possível, na Espanha, o nascimento de duas meninas livres desta terrível herança familiar.
Nascem na Espanha as primeiras meninas livres do gene do câncer de mama hereditário

A maior parte dos casos de câncer de mama não tem uma causa específica. Entretanto, estima-se que entre 5% a 10% dos diagnósticos tenham uma forte relação com mutações genéticas.

Os genes BRCA1 e o BRCA2 são os responsáveis pela tendência a desenvolver esta doença. Os genes se transmitem através dos padrões de herança autossômica dominante, que variam de pessoa para pessoa.

Os portadores de mutações nestes genes têm um elevado risco de sofrer com este tipo de câncer em qualquer etapa de sua vidaE, além disso, também podem passá-lo a seus filhos com probabilidades de 50%.

PUBLICIDADE

Os médicos sempre levam em consideração o histórico médico e familiar dos indivíduos afetados. Ou seja, expõe a eles os riscos que existem quando a mutação de genes está presente no organismo.

Isso porque, atualmente, existem medidas preventivas que podem minimizar ao máximo o risco de chegada a etapas crônicas da doença. E, graças ao avanço da ciência e da tecnologia, cada vez mais existem métodos que buscam ganhar a batalha.

Um exemplo claro ocorreu há alguns meses na Espanha. Lá nasceram as primeiras crianças livres do gene BRCA2, graças a uma nova técnica de seleção de embriões; que permitiu escolher os que estavam livres.

PUBLICIDADE

Na reportagem feita pelo jornal El Mundo, a mãe das pequenas contou que as mulheres de sua família são portadoras da mutação no gene BRCA. Sendo assim, esta foi a causa da morte de sua tataravó, de sua bisavó e de sua avó.

Temendo a transmissão dessa herança genética, mas com o desejo de ser mãe, ela se dirigiu a um dos centros do Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI), na Galícia, para ver a possibilidade de se submeter a um diagnóstico genético pré-implantacional.

A história…

Fertilização in vitro livre de câncer de mama

Laura, que preferiu não revelar seu verdadeiro nome, é a feliz mãe de duas lindas meninas que chegaram ao mundo sem portar o gene BRCA2, causador do câncer de mama e responsável pela morte de várias mulheres de sua família.

PUBLICIDADE

Sua mãe também é portadora do gene, e então o oncologista sugeriu um estudo genético, por história familiar.

A princípio, ela se negou a saber se também era portadora. No entanto, através de um check-up e com o plano de ter uma família, finalmente tomou a decisão de fazer os respectivos exames, que comprovaram que ela portava o gene BRCA2, uma anomalia que causa câncer do seio e dos ovários.

Desde então, tiveram início os processos que lhe autorizaram um diagnóstico genético pré-implantacional. Embora este já possa ser usado em algumas doenças monogênicas, no caso do câncer hereditário é preciso contar com a permissão da Comissão Nacional de Reprodução Assistida do Ministério da Saúde espanhol.

PUBLICIDADE

Esta comissão se encarrega de estudar em detalhes os antecedentes familiares e reprodutivos da mulher para comprovar que, efetivamente, a mutação pode causar o surgimento precoce da doença nas filhas.

Livres do gene do câncer de mama

Fertilização in vitro de embriões livres do câncer de mama

Após seis meses de espera, Laura e seu marido por fim receberam uma resposta positiva e, então, iniciaram o processo.

Elkin Muñoz, diretor do IVI Vigo e ginecologista, contou que, dos 11 embriões obtidos, três estavam livres da mutação.

PUBLICIDADE

Sendo assim, dois deles foram implantados e um foi congelado, caso Laura decida ser mãe novamente no futuro. Então, após realizar o processo de fecundação in vitro com êxito, no mês de julho passado, nasceram as duas meninas.

Muñoz afirmou ainda que antes dessas duas crianças só haviam sido registrados dois casos de meninos livres do gene. Este mesmo método também foi aplicado para evitar a transmissão hereditária da síndrome de Lynch e do câncer da tireoide.

Feliz por libertar suas filhas dessa herança tão perigosa, Laura agora vai esperar que as filhas cresçam um pouco para, então, se submeter a uma mastectomia preventiva e a todos os processos preventivos para evitar o câncer por causa da mutação do gene que carrega.

domingo, 26 de março de 2023

Recidiva

 Se o câncer volta após o tratamento é chamado recidiva. Mas algumas dessas mulheres podem desenvolver um novo câncer, o que ´denominado segundo câncer primário. As pacientes que tiveram câncer de mama podem ter qualquer tipo de segundo câncer, mas têm um risco aumentado para: Um segundo câncer de mama.


Quanto tempo o câncer de mama pode voltar?

A maioria das recidivas ou recorrências costuma acontecer nos primeiros anos após o tratamento. Mas, algumas vezes a doença pode voltar a se manifestar muitos anos depois.

O que acontece quando o câncer volta?

A recidiva do câncer ocorre quando pequenas áreas tumorais permanecem no corpo após o tratamento. Trata-se de micro metástases, que são indetectáveis por exames de imagens, mesmo os mais modernos.18



sábado, 18 de março de 2023

 https://fb.watch/jlv1sDOFyk/

terça-feira, 14 de março de 2023

Novo tratamento consegue curar câncer em menina de 13 anos 5 minutos

 NOTÍCIAS DE SAÚDE E BEM-ESTAR


A terapia de edição de base, descoberta há menos de 10 anos, foi usada com sucesso em uma garota na Inglaterra. Hoje não há nenhum vestígio do câncer em seu corpo.
Novo tratamento consegue curar câncer em menina de 13 anos

Falar de um tratamento para curar o câncer parece milagroso. No entanto, a ciência avançou o suficiente para encontrar caminhos alternativos às abordagens convencionais.

Isso é demonstrado por Alyssa. Esta menina inglesa de 13 anos foi tratada com um método que está sendo usado pela primeira vez em pacientes com câncer. Até o momento, conforme relatado pelo Great Ormond Street Hospital for Children, ela está livre de leucemia linfoblástica aguda com risco de vida.

Sua mãe não consegue acreditar que ela passou de desesperada a imaginá-la com uma vida normal. E tudo isso é baseado na terapia de edição de base, que só está presente com os cientistas há alguns anos.

PUBLICIDADE

No final do ano passado pensamos que seria o último Natal que estaríamos com ela. E bem, em janeiro, quando ela completou 13 anos, tudo o que fiz foi chorar.

~ Kiona, mãe de Alyssa ~

Qual era a doença de Alyssa?

A leucemia linfocítica aguda ou leucemia linfoblástica aguda é uma neoplasia maligna dos glóbulos brancos. Desenvolve-se muito rapidamente e pode ser fatal em poucos meses.

Ela tende a começar na medula óssea, onde os linfócitos (um tipo de glóbulo branco) se reproduzem de forma incontrolável. A partir daí passam para o sangue e atingem outros órgãos, prolongando sua reprodução excessiva. Portanto, vestígios podem ser encontrados no fígado, nos gânglios linfáticos, no baço e até no sistema nervoso central.

As estatísticas indicam que esta leucemia é mais comum em crianças menores de 5 anos de idade. Depois, há outro pico de apresentação em pessoas com mais de 50 anos. Mesmo assim, 60% dos casos são diagnosticados em lactentes.

PUBLICIDADE

O risco de desenvolver leucemia linfoblástica aguda é estimado em 1 em 1.000, com maior probabilidade entre as mulheres do que entre os homens. Embora as crianças sejam diagnosticadas com mais frequência, elas têm um prognóstico melhor do que os adultos.

Alyssa foi tratada de acordo com o protocolo padrão. Ela recebeu quimioterapia e um transplante de medula óssea. Mas sua resposta foi ruim e não havia perspectiva de remissão da doença.

O novo tratamento para curar seu câncer apareceu como última opção. Pesquisadores conduzindo experimentos com terapia de edição de base ofereceram a sua família para participar de um ensaio clínico.

PUBLICIDADE

Foi a primeira vez que seria testado em humanos. Alyssa aceitou e o resultado foi mais do que gratificante.

glóbulos brancos
Os glóbulos brancos são de tipos diferentes. Os linfócitos foram os que foram alterados no corpo de Alyssa.

Como funciona esse novo tratamento para curar o câncer?

A terapia de edição de base é baseada na composição do ácido desoxirribonucléico ou DNA. Existe a informação genética que codifica como somos e como funcionamos.

Os cientistas conseguiram chegar a esse código, que é composto de nucleotídeos. A combinação dos diferentes nucleotídeos (que seriam como letras) formam instruções naturais (que seriam palavras).

Modificar uma letra (um nucleotídeo) é mudar a palavra e, portanto, mudar as instruções com as quais o organismo é governado. A terapia de edição de base fabrica essas instruções à vontade, para orientar os processos celulares com base no que os cientistas desejam que uma célula faça.

PUBLICIDADE

Mas não é tão fácil quanto dizê-lo. Para alterar um nucleotídeo, você precisa de uma tecnologia específica e acertar com a instrução pretendida.

O novo tratamento para curar o câncer de Alyssa não se concretizou em uma, mas em várias etapas:

  1. Alguém doou linfócitos que foram modificados com terapia de edição de base para que o corpo de Alyssa não os ataque.
  2. Esses mesmos linfócitos doados foram novamente modificados para não se atacarem entre eles, o que é muito comum na doação de glóbulos brancos.
  3. Outra modificação foi utilizada para que as células doadas permaneçam invisíveis aos tratamentos anticancerígenos.
  4. Finalmente, a última edição de base foi feita para que os linfócitos doados pudessem atacar os linfócitos malignos de Alyssa e matá-los.
PUBLICIDADE

Devolver o sistema imunológico

Assim que as células doadas modificadas entraram no corpo de Alyssa e destruíram o câncer, outro transplante de medula óssea para a menina teve que ser providenciado. Desta forma, seu sistema imunológico foi restaurado.

O processo também não foi fácil. Alyssa foi exposta a infecções graves enquanto estava no hospital por 4 meses. Recebeu poucas visitas e seu irmão não podia nem chegar perto, pois frequentava a escola e poderia ser portador de germes.

Apesar do esforço, a remissão foi feita. Hoje não há vestígios de leucemia no corpo da menina e, embora ela continue fazendo check-ups regulares, presume-se que o novo tratamento para curar o câncer seja uma promessa concreta para muitos outros pacientes. Especialmente para aquelas crianças com esta mesma doença que não respondem bem à terapia convencional.

Criança com câncer em tratamento.
Uma porcentagem de crianças não responde bem às terapias convencionais, portanto, elas podem se beneficiar da edição de base.

Qual é o futuro da terapia de edição de base?

Não estaríamos apenas diante de um novo tratamento para curar o câncer. A terapia de edição de base é recente e diferentes investigações são realizadas em todo o mundo para encontrar aplicações clínicas para ela.

PUBLICIDADE

Talvez uma das mais relevantes seja aquela voltada para a anemia falciforme. Como essa patologia responde a uma causa de falha genética, a correção dos nucleotídeos defeituosos seria, assim mesmo, curativa.

Drogas genéticas também podem ser adaptadas ao paciente. Isso envolveria a produção de uma pílula ou frasco que fosse compatível com a pessoa que o receberia, de modo que tratasse sua doença específica, sem efeitos adversos.

Parece o futuro da medicina personalizada.

Por enquanto, no futuro imediato, o Great Ormond Street Hospital for Children informou que tem mais 10 pacientes com uma condição semelhante à de Alyssa. Eles serão os próximos a receber esse novo tratamento que busca a cura do câncer.